domingo, 27 de junho de 2010

Adeus, Bogotá!

- Homens como você não deveriam existir - disse ela, provocativa. Deslizava entre os móveis apertados, entre as coisas. Sua casa era assim. Cheia de coisas.
- Ah, Dora!
- Um dia me canso e dou o fora. Dou o fora e nunca mais volto.
- Não, Dora. Não faça isso.
Servi mais uma xícara de café e acendi um cigarro. Depois, caro, traguei o cigarro.

Dora reclama dos homens. Eu em especial. Certa vez usei uma bota com esporas e montava nela. Ela me mostrou umas cicatrizes e disse que era por causa das esporas que eu usava. Sempre gostei de Dora. O problema era esse. Dora reclamava de mim. Sempre.

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