Pingadinho

Está bem, cabrones. Quase esqueci mas vou falar em breves palavras. Fui na tal palestra do Allan. Sieber Fiquei lá no meu canto, observando a coisa toda. Na platéia percebi uma e outra tiete. Antes de tudo, fazia um frio do caralho e me mantive o tempo todo encolhido com meu cachecol. Então o cara começou a falar, vida e obra. Obra e vida. Depois a rodada de perguntas, a platéia levantava o dedinho e perguntava algo. Allan fazia algumas piadas, (ri de algumas), e tentava manter a aura de outside do quadrinho brasileiro. O papo que todos sabemos, eu você, e seu cachorro. Quadrinho é foda, é foda desenhar, fazer quadrinhos, ganhar grana... Buenas, apesar do choro o cara publica na Folha de São Paulo, Playbloy, alguns trabalhos para a Globo e o diabo a quatro. Deve estar melhor que eu. O negócio é que o cara tem valor, chegou lá e tem seus méritos. Deve ralar bastante, mas chorar as pitangas... então o que sobraria para caras como eu? Repetindo, acho o cara bom, um dos melhores, e tem seus méritos por publicar onde publica. Depois falou dos seus amigos, dos seus ídolos. O mundo é uma panela? Depois falou dos gaúchos. Mal, diga-se de passagem. Do orgulho dos gaúchos, que detestava isso, que achava quase tudo uma merda por aqui. Bom, foi aí que quase peguei meu facão três listras e pulei no cara. Deixei assim. Não tirei foto, não pedi autógrafo e quando depois fui pra casa dormir.