terça-feira, 9 de novembro de 2010

DANIEL NA COVA DOS LEÕES (4ª Parte)

Quarto dia

O Arqueiro Verde saberá o que fazer

Eu estava deitado em minha cama lendo uma revista em quadrinhos. O ativista Oliver Queen veste seu uniforme. Pega seu arco e num instante transforma-se no Arqueiro Verde, pronto para salvar a cidade, o mundo, a humanidade. O Arqueiro, desde a minha adolescência, é meu herói preferido. Ele e suas flechas variadas. O vilão acaba de assaltar um banco, o Arqueiro Verde pega uma de suas flechas - a flecha que possui na ponta algo que parece uma luva de boxe - e dispara certeiro. A flecha atinge o vilão no queixo sem que ele tenha tempo para reagir. Cai nocauteado. Missão cumprida. Noutra vez, um ser do espaço ataca a cidade. Ele se alimenta de verde, mais especificamente de vegetais. Árvores, arbustos, tudo que possua folhas. Matas, bosques, florestas são devoradas como se atacadas por uma praga de gafanhotos gigantes. Uma praga maior do que a que se abateu sobre o Egito. Oliver sabe que terá muito trabalho, a vida na terra depende dele, a humanidade está fodida. Mas ele, o Arqueiro Verde, bem... ele tem seu arco multi-uso e descobrirá como deter a ameaça. Quando estou prestes a trocar de página Andréa rompe a porta fumando um cigarro. Só então me dou conta de que dei uma cópia da chave para ela. Assim rápido. Há poucos dias eu nem ao menos sabia que ela existia. Eu nunca fui tão rápido. Eu fui, ela foi? Não importa. Para mim a única coisa que importa é que ela esteja aqui. Foi a primeira vez que Andréa foi ao meu apartamento.

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