Quase que diariamente eu passo por lá, faz parte do meu trajeto enquanto estou indo para o meu trabalho. Enquanto estou indo fazer minha parte para no final do mês receber minha migalha. Estou no ônibus e num certo momento, num certo lugar o ônibus passa por eles. Por uns homens, cinco, seis... Não sei ao certo em quantos são, sei que não são sempre os mesmo. Eles estão apenas lá, com suas roupas puídas, gastas, velhas. Estão fumando e rindo, barbas por fazer, cabelos desgrenhados. Parecem não terem muita sorte. Estão lá com suas sacolas de supermercado onde trazem suas coisas. Parece que estão esperando por algum "bico", talvez carregar algum caminhão para conseguir uns trocados. São feios, homens duros e quebrados. Vejo passar de mão em mão uma garrafa plástica com bebida. E eles bebem a bebida, fumam e riem. Gesticulam enquanto esperam e conversam. Conversam e riem. O mais assombroso é a tranqüilidade que parecem ter mesmo com tanta dureza. Não possuem belas mulheres, não possuem dinheiro, casa própria. Nada. Estão apenas lá, esperando alguma coisa sob o sol.
terça-feira, 15 de junho de 2010
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