Cidade Fantasma

Noite.
Loca. Maria.
Esperava Carlos, todas as noites. Mulher gata, ela dizia. Sou a mulher gata, colocava uma máscara que comprara numa loja de varejo. Vestia a máscara e apenas uma suave calcinha amarela.

Supernatural

Não devo ser mesmo muito normal, fiquei vasculhando a web para tentar encontrar essa ilustra da série Supernatural: Rising Son, que saiu em quadrinhos pela DC Comics. O desenhista é Diego Olmos. Supernatural narra as viagens dos irmãos Dean (Jensen Ackles) e Sam Winchester (Jared Padalecki) pelos Estados Unidos, combatendo espíritos, demônios e outras formas de seres e fenômenos sobrenaturais. Acabei virando fã da série. Nada espetacular também, mas a série acba tendo um certo carisma. Gosto de assistí-la.

Angeli

O cara!

.

Adeus, Bogotá!

- Homens como você não deveriam existir - disse ela, provocativa. Deslizava entre os móveis apertados, entre as coisas. Sua casa era assim. Cheia de coisas.

- Ah, Dora!

- Um dia me canso e dou o fora. Dou o fora e nunca mais volto.

- Não, Dora. Não faça isso.

Servi mais uma xícara de café e acendi um cigarro. Depois, caro, traguei o cigarro.

Dora reclama dos homens. Eu em especial. Certa vez usei uma bota com esporas e montava nela. Ela me mostrou umas cicatrizes e disse que era por causa das esporas que eu usava. Sempre gostei de Dora. O problema era esse. Dora reclamava de mim. Sempre.

Cidade Fantasma

Tarde. 15:58
- Você viu aquilo?
- Cara...
- Você viu o quê ela fez?
- Deus, aquela mulher... vamos dar o fora daqui!

Adeus, Bogotá!

Entre as paredes geladas no apartamento Carol e Bia conversam. Sirenes. Bia ouve, Carol também. Entre o silêncio rompe aquilo, sempre pertubadora como olhar ao abismo. Primeiro dia de inverno.
- Ele é um escritor - diz Carol.
- Cuidado - corta Bia, enquanto acende um cigarro.
- Por que?
- Simples. Ele é um escritor, e escritores não passam de crianças idiotas.
- Acha que devo esquecê-lo?
Bia, sorri e traga o cigarro. Sente frio, a cidade todo parece estar tomada por espectros. O sereno desce lentamente e abraça, engole a cidade.
- Também tenho uma queda por idiotas assim - completa Bia, sorrindo.

Fútbol

Então o Brasil venceu a Costa do Marfim. A Costa do Marfim!! E dê-lhe vuvuzelas! E dê-lhe o velho Dunga sorrindo, arrogante, triunfante, e dê-lhe torcedores extasiados com Kaká, o bebê Johnson. O metrosexual, o Ken, o homem de plástico, a mocinha que ninguém pode tocar. Vencemos a Costa do Marfim e essa festa toda. Bons tempo aqueles em que o Brasil se orgulhava por vencer times de ponta no cenário do futebol  mundial. Hoje uma tremenda festa por vencer a Coreia, a Costa do Marfim. Cuidado. É a Coreia!Cuidado, é a Costa do Marfim. Assisti o jogo. Essa Copa passará e se apagará da memória das pessoas que gostam de futebol. O futebol de verdade. Ninguém lembrará dos jogares da vitoriosa seleção. de Dunga, de você, do Brasil. Nenhum craque. Nenhuma jogada genial. Nada. Apenas marcação, apenas o medo. Dunga colabora para isso, era assim que ele "jogava", é assim que ele gosta de futebol. Um jogador que nunca criava nada, que apenas sabia dar carrinhos, destruir. O futebol caminha para isso. Pelé, Maradona, Beckenbauer, Falcão, Zico, Ronaldinho. jogadores assim não servem mais.
Velho, Dunga! Sim, a seleção é sua cara, como você gosta. Feia, carrancuda. O pior é que corro o grande risco de ver você campeão, sorrindo, satisfeito, mais arrogante. Feliz pelo futebol sem graça. Que os Deuses do futebol não permita.

Brown Bynny

Ótimo cartaz para o filme Brown Bunny (2003), do diretor Vincent Gallo. O filme ganhou destaque por causa de uma cena, no qual a atriz Chlöe Servgny faz um belo boquete no próprio Gallo. O cara produziu, dirigiu, escreveu, atuou e chegou a operar a câmera. Uma espécie de faz tudo, inclusive - claro - a cena do sexo oral. Interessante o filme, não só pela cena.

Brown Bynny
The Brown Bynny, 2003
EUA/Japão/França
Drama - 93 min.

O amor é uma dor feliz

Antes de tudo fiquei na dúvida. Acontece a Feira do Livro de Canoas, chuva, frio e cansaço. Era eu, Mister fodido. O dia de trabalho se foi. Cansaço, cama. Eu precisava de cama e outras coisas. A dúvida era ir para casa ou passar na Feira. Resolvi dar uma passada na Feira, na banca que um velho amigo tem por lá, ele e seus livros. Jogamos conversa fora, falamos besteiras, livros, autores, piadas sem graça, piadas com graça, e mulheres. Reclamo da vida, do trabalho, da falta de grana, e, de mulheres. Algumas passam pela por lá. Muitas. Encolho-me como um caramujo. Meu amigo tenta me vender um livro. Não compro. Digo que está acima de minhas condições. Uma chuva fina caí.
- O Bonassi vai dar uma palestra hoje. – ele diz. Vamos?
Li apenas um livro dele.
Penso. Frio, cansaço, chuva e amanhão um longo dia. Quero um café, cama, quero muitas coisas que não estão aqui.
Vamos.
Então, seguinte, Fernando Bonassi é escritor e roteirista, participou dos roteiros de Cauzuza, Carandiru e Lula, Filho do Brasil. Escreveu entre outros, O amor é uma dor feliz. Buenas, sentei entre a platéia. O cara começa a falar, não gosto. Minuitos depois, ele continua, fala de literatura e sociedade, novos tempos, política, de que histórias do Carandiru. Fala do ator de escrever, de ser escritor. Foda. Você sai de lá com a sensação que colheu algo, com algum ânimo, sai satisfeito. Sai meio fã do cara. Um cara gente boa, sem estrelismo e talentoso.

Os Homens sob o sol

Quase que diariamente eu passo por lá, faz parte do meu trajeto enquanto estou indo para o meu trabalho. Enquanto estou indo fazer minha parte para no final do mês receber minha migalha. Estou no ônibus e num certo momento, num certo lugar o ônibus passa por eles. Por uns homens, cinco, seis... Não sei ao certo em quantos são, sei que não são sempre os mesmo. Eles estão apenas lá, com suas roupas puídas, gastas, velhas. Estão fumando e rindo, barbas por fazer, cabelos desgrenhados. Parecem não terem muita sorte. Estão lá com suas sacolas de supermercado onde trazem suas coisas. Parece que estão esperando por algum "bico", talvez carregar algum caminhão para conseguir uns trocados. São feios, homens duros e quebrados. Vejo passar de mão em mão uma garrafa plástica com bebida. E eles bebem a bebida, fumam e riem. Gesticulam enquanto esperam e conversam. Conversam e riem. O mais assombroso é a tranqüilidade que parecem ter mesmo com tanta dureza. Não possuem belas mulheres, não possuem dinheiro, casa própria. Nada. Estão apenas lá, esperando alguma coisa sob o sol.

Deutschland

Copa do Mundo de 2010, me reservo ao direito de não torcer para a seleção brasileira. Ao direito de não fazer parte da torcida brasileira, a seleção de Dunga e seus jogadores, ao oba oba em torno dos FANTÁSTICOS, a festa ao vencer a toda poderosa Correia por 2 x 1. Torço para que o Brasil não vença a Copa. Torço para que a Alemanha leve essa.

Adeus, Bogotá!

Nunca consegui entender Maria e seus sinais. Quando ela falava, berrava, fazia-se de louca. Era louca. É louca. Deixava mensagens que nunca entendi em folhas de papel A4.

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Adeus, Bogotá!

Pingadinho

Está bem, cabrones. Quase esqueci mas vou falar em breves palavras. Fui na tal palestra do Allan. Sieber Fiquei lá no meu canto, observando a coisa toda. Na platéia percebi uma e outra tiete. Antes de tudo, fazia um frio do caralho e me mantive o tempo todo encolhido com meu cachecol. Então o cara começou a falar, vida e obra. Obra e vida. Depois a rodada de perguntas, a platéia levantava o dedinho e perguntava algo. Allan fazia algumas piadas, (ri de algumas), e tentava manter a aura de outside do quadrinho brasileiro. O papo que todos sabemos, eu você, e seu cachorro. Quadrinho é foda, é foda desenhar, fazer quadrinhos, ganhar grana... Buenas, apesar do choro o cara publica na Folha de São Paulo, Playbloy, alguns trabalhos para a Globo e o diabo a quatro. Deve estar melhor que eu. O negócio é que o cara tem valor, chegou lá e tem seus méritos. Deve ralar bastante, mas chorar as pitangas... então o que sobraria para caras como eu? Repetindo, acho o cara bom, um dos melhores, e tem seus méritos por publicar onde publica. Depois falou dos seus amigos, dos seus ídolos. O mundo é uma panela? Depois falou dos gaúchos. Mal, diga-se de passagem. Do orgulho dos gaúchos, que detestava isso, que achava quase tudo uma merda por aqui. Bom, foi aí que quase peguei meu facão três listras e pulei no cara. Deixei assim. Não tirei foto, não pedi autógrafo e quando depois fui pra casa dormir.

Vício Frenético"

Encontrei essa fotografia de uma cena do filme "Vício Frenético" do Abel Ferrara, o filme com Harvey Keitel é um clássico. Herzog refilmou com Nicolas Cages. Acho o Nicolas um canastrão, ou parece um, mesmo assim gosto dele como ator. Mulheres são estranhas, já ouvi muitas dizerem que ele é lindo, que se sentem atraidas, que isso e aquilo. Buenas, acho com cara de bebê chorão, também isto não importa. Na refilmagem tem a mocinha que aparece aí na foto, Eva Mendes. Bela foto, bela mulher.

´Há algum tempo descobri enquanto pulava de canal em canal numa madrugada insone a série Supernatural. Muitas madrugadas de sábado passo na cama, assistindo a série. Passa em tv aberta. 

Supernatural, que conta como os irmãos Winchester, Dean (Jensen Ackles) e Sam (Jared Padalecki) viajam pelas estradas dos EUA enfretando demònios, bruxas e todo tipo de ser malígno.

DIA DA SEMANA:sabado (madrugada sabado p/ domingo)

HORÁRIO: 1:30 as 3:00 da manha

ÁUDIO: Dublado (Português)

26ª Feira do Livro de Canoas

Na Segunda-feira, dia 07, dentro da 26 Feira do Livro de Canoas, Allan Sieber participará da série "Encontros com o Autor", ás 19h30 no Auditório Rachel de Queiroz (Praça da Bandeira). Pretendo ir. Pretendo. Ainda não sei se dou uma de tiete e peço um autógrafo do cara, ou uma foto com ele. Do tipo, eu estive lá. Vai depender do meu estado de espírito. Geralmente arredio.

CAVALOS...

Caros amigos, resolvi fazer um arquivo, aposentar o antigo Cavalos. É a segunda vez que faço isso, a primeira foi por casua da quantidade de posts, que eu achava que tinha o suficiente. Agora, simplesmente enchi o saco, aqueles arquivos todos lá, aqueles textos, micro textos e imagens. Buenas, se alguém desejar ler algo antigo, (no caso de ser sua primeira vez aqui) ou quiser conhecer um pouco da minha produção no Cavalos (HAHAHA), deixarei um link para o "antigo" blogue. Ainda não sei que caminho tomará essa espécie de continuação do Cavalos, (O título, claro, continuara Cavalos Não Correm Deitados). Se apenas imagens, algumas frases, micro-contos...
Estou prestes a dar preferência a imagens que acho bacana, e logo, escrever cada vez menos.
Gracias, cabrones!

Daniel na cova dos leões

Saiu, pela Mojo Books minha história, Daniel na cova dos leões. Gostei muito da capa, ótima capa, cabrones. Vai lá no site da Mojo e leia a história.

http://www.mojobooks.com.br/mojo_inteira.php?idm=448